1 julho, 2022
As cãibras musculares dolorosas são conhecidas, e sobretudo temidas, por praticamente toda a gente. É, aliás, bastante provável que uma grande parte das pessoas já tenha despertado abruptamente, durante a noite, por causa do surgimento deste problema. Mas sabia que o défice de magnésio é apontado pela comunidade científica como a sua causa mais frequente? Saiba como pode contornar este sintoma incomodativo.
São múltiplas as razões que podem estar na origem das cãibras musculares. O desencadeamento deste problema pode estar relacionado com fatores como a utilização de certos medicamentos, com o esforço físico intenso, com complicações no sistema nervoso ou doenças neurológicas. Em casos raros, podem mesmo ser indicadores de uma doença grave.
Não obstante, a falta de magnésio nos músculos é apontada como a causa mais frequente de cãibras musculares. Mas porque é que uma coisa conduz à outra? Neste contexto, é imprescindível referir a importância deste mineral no equilíbrio do metabolismo de eletrólitos e na função muscular.
O cálcio, bem como o sódio e o potássio, estão envolvidos na excitabilidade elétrica das células nervosas. Por oposição, o magnésio contribui para o relaxamento muscular. Ora, quando os eletrólitos de magnésio e de cálcio estão presentes na proporção de um para um, existe o equilíbrio necessário entre a contração e o relaxamento dos músculos. Contudo, se o magnésio estiver em défice, esse equilíbrio é perdido e a função muscular saudável fica comprometida.
Sem o papel estabilizador deste mineral, a permeabilidade das membranas de sódio, potássio e cálcio aumenta. Por conseguinte, a probabilidade de ocorrerem cãibras musculares é altamente exponenciada. Não admira, por isso, que as pessoas com maior probabilidade de sofrerem com défice de magnésio, como atletas, grávidas e idosos, sejam as mais afetadas por este problema.
Sabia que… O facto de as cãibras musculares ocorrerem, mais frequentemente, durante a noite está relacionado com o “ritmo circadiano” do metabolismo do magnésio? Isto significa que os níveis de magnésio estão sujeitos a flutuações ao longo do dia, reduzindo substancialmente durante a noite. |
Quando o nível de magnésio no sangue se revela insuficiente, é acionado um mecanismo de equilíbrio. Assim, para que o corpo consiga manter um nível constante deste mineral no sangue, são aproveitadas as próprias reservas de magnésio do organismo. Deste modo, este mineral é transferido dos ossos (que contêm aproximadamente 60% das nossas reservas), mas também dos órgãos e dos músculos (que contêm aproximadamente 39%).
O défice daí resultante desestabiliza a normal função muscular. Se os níveis de magnésio não forem repostos, e este défice se tornar persistente, acabarão por surgir, além das cãibras musculares, sintomas como tremores nas pálpebras, fadiga e exaustão.
Para restaurar o equilíbrio do metabolismo de eletrólitos, é então crucial que se recorra a um tratamento causal, e não meramente sintomático, que permita abordar a raiz do problema. Assim, nestes casos é aconselhável que se opte por uma suplementação diária de magnésio, devidamente adequada às necessidades de cada pessoa.
Geralmente, uma dosagem de 350 a 400 mg é a mais indicada para iniciar o tratamento. Posteriormente, pode ser ajustada para doses mais baixas. Importa, no entanto, sublinhar que a ingestão deste mineral deve ser realizada a longo prazo. No mínimo, são necessários quatro a seis semanas até repor as reservas.
Como acontece com a maioria dos problemas de saúde, a prevenção é a chave. Desta forma, para evitar o surgimento de cãibras musculares, há algumas sugestões que deve conhecer:
Se as cãibras musculares continuarem a ocorrer regularmente após a adoção das medidas indicadas, deve procurar um diagnóstico mais preciso junto de um médico.
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Microgrânulos orodispersíveis
Suplementos Alimentares
Cápsulas
Suplementos Alimentares
Comprimidos efervescentes